
28 fev “O Grande livro do Ho’oponopono” – sabedoria de cura havaiana
“O grande livro do ho’oponopono”, escrito pelo autores franceses Jean Graciet, Dr. Luc Bodin e Nathalie Bodin, nos apresenta a história do Dr Hew Len, que exercia a profissão de psicólogo e foi convidado por um amigo a trabalhar com loucos criminais em um Hospital do Estado do Havaí.
O local era horrível. O risco se fazia presente e os funcionários tinham muito medo de trabalhar ali. A rotatividade era muito grande, nem os psicólogos contratados permaneciam por muito tempo. Mesmo assim, o Dr. Hew Len aceitou o desafio.
Ao iniciar, o Dr. Len solicitou os registros de todos os pacientes e os levou para seu escritório. Ele se trancou com os relatórios em mãos e pediu para não ser perturbado. Todos acharam a atitude um tanto quanto estranha. Seria possível curar doentes mentais de alta periculosidade a distância? Mas não o questionaram.
Três meses após ter iniciado o trabalho, os funcionários do hospital começaram a perceber que os pacientes estavam mais calmos e atmosfera do local havia melhorado.
“- Como o Sr. fez?
– Simplesmente, digo estas quatro frases, repetindo-as:“Eu sinto muito”,
“Me perdoe”,
“Sou grato”,
“Eu te amo”.– E é só isso?
– Só isso, ele respondeu.
Quatro anos depois, a ala psiquiátrica do hospital foi fechada. Motivo? Não havia mais paciente. Alguns estavam totalmente curados, enquanto outros foram transferidos em melhor estado para outras unidades. O método usado pelo Dr. Len? O Ho’oponopono, a sabedoria de cura havaiana, capaz de eliminar memórias negativas, levando o indivíduo à autocura.
“O grande livro do Ho’oponopono”, publicado pela Editora Vozes, é uma jóia preciosa. Livro de cabeceira, para reler sempre que sentir as emoções fugindo do controle. Sem contar a beleza de sua publicação. Confesso que comprei pelo tema, mas essa capa…foi amor à primeira vista!
Antes de ler o livro, minha terapeuta holística havia compartilhado comigo o Ho’oponopono. Repeti a mesma frase: “Só dizer isso?Tão simples?” Por vezes, não é preciso tanto esforço para vencer as barreiras da vida. É preciso mente tranquila. E a técnica nos oferece exatamente isso: a limpeza de memórias que nos impedem de evoluir.
Mesmo já conhecendo, ler “O grande livro do Ho’oponopono” me levou a um entendimento mais profundo da sabedoria de cura. Da simples prática à compreensão. Ok, quer dizer que as atitudes do outro comigo é responsabilidade minha? Pois é, sim.
Qual a origem do Ho’oponopono?

O livro também conta a origem do Ho’oponopono.
O Ho’oponopono é uma tradição ancestral havaiana, e seu verdadeiro significado é “Endireitar, harmonizar, corrigir o que está errado, reordenar”.
A sabedoria era utilizada nas comunidades havaianas. Quando apareciam desentendimentos entre pessoas ou problemas de relacionamento, todos os envolvidos na “discórdia” se reuniam na presença de um “padre” para receber a orientação e o perdão.
Morrna Simeona, xamã e curandeira nativa do Havaí, que atuava com plantas medicinais, teve a ideia de simplificar o processo de cura. Ela percebeu que cada indivíduo poderia praticá-lo sozinho, sem a intervenção de um guia espiritual ou padre. Pare ela, antes de receber o perdão do outro, é preciso conceder a sim mesmo. Morrna dizia que era preciso liberar o peso das memórias que carregamos no decorrer da vida. E foi assim que surgiram as frases: “Sinto Muito” , “Me perdoe”, “Eu te amo”, “Sou grato”.
Morrna passou a divulgar o Ho’oponopono através de cursos. O Dr. Hew Len foi um de seus alunos mais dedicados, e ajudou a transmitir a sabedoria para as pessoas de todo o mundo.
Cique aqui e veja uma das mais interessantes entrevistas do Dr. Hew Len.
Pare com essa “choradeira” e começa a exercer a Auto-responsabilidade!

O Ho’oponopono é um despertar profundo do “Eu”. É desafiante, para não dizer “difícil” – procuro evitar esta palavra – aceitar que os obstáculos são fruto de pensamentos e sentimentos do passado (e até mesmo outras vidas, se assim acreditar). A maioria de nossas ações são resultado do inconsciente – particular e do coletivo em que vivemos. Por isso, não é fácil recordar. Desta forma, jogar a responsabilidade no outro,no governo, na crise, na genética, etc, alivia o sentimento de culpa.
“…ao continuar procurando o responsável pelo seu desagrado fora de você, o que acontece? Você abre mão do seu próprio poder! Como o responsável está em outro lugar, você concede a ele o seu poder e não controla mais a sua vida. Conclusão: se um agente exterior é culpado do seu infortúnio, então ele tem todo o poder sobre você! Pois bem, entregar o poder nas mãos dos outros é o que fazemos constantemente a vida inteira.”
Essa sabedoria de cura trabalha no sentido de descobrir “Quem eu sou?” Quando você se conhece, sabe quais são as memórias que te prendem e que devem ser “limpas”, deixa livre o caminho da cura. Suas simples palavras significam:
- Sinto muito: você aceita e reconhece que você criou aquele momento, aquela situação.
- Me perdoe: pede a Divindade que está em você que te ajude a se perdoar. E não a pessoa ou a situação.
- Eu te amo: nos reconecta com o Divino, reconhecendo o amor incondicional dele por nós. Ajuda a transmutar a energia bloqueada e nos aproxima do Amor.
- Sou grato: você reconhece que tudo ficará bem. É grato por estar “limpando” as memórias que contribuíram para aquele momento.
Repito “Sinto muito”, “Me perdoe”, “Sou grata”, “Eu te amo”, 24 horas por dia. Pensamentos repetitivos me rondam? Ho’oponopono. Magoei uma pessoa próxima. Ho’oponopono. Atrai pessoas ou situações de baixa frequência. Ho’oponopono. Me pego julgando alguém ou alguma situação. Ho’oponopono. Além de rezar para limpar os ambientes que visito e as pessoas que encontro, repito à noite na cama através das 108 contas do japamala, e nas caminhadas da manhã.
O Ho’oponopono me ajuda a lidar com os pensamentos negativos e repetitivos. Hoje, acredito plenamente que tudo aquilo que atraio para minha vida é de minha inteira responsabilidade. E quando algum obstáculo se manifesta, compreendo que o Universo está me dizendo que há algo em mim que ainda deve ser curado. E ainda há tanto para ser curado! Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata.
Um grande abraço,
Namastê.
E você já conhece o ho’oponopono? Se interessou pelo livro?
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Escritora, casada, ex-workaholic. Adora bichos e viajar. Descobriu-se escritora aos 39 anos de idade. Em 2015, seu Retorno de Saturno “particular” foi um incentivo para uma reviravolta na vida. As dificuldades no casamento e as insatisfações com a profissão a levaram para esse mundo encantador da escrita. Autora de Os Opostos se Distraem e Descubra seu Propósito.
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